domingo, 24 de junho de 2018

Sesc Triathlon Brasília, DF, reúne cerca de 700 atletas com participação ilustre de um triatleta do Amapá.

Adonis durante a prova Sesc Triathlon 
em Brasília-DF.
"neste esporte não se vai de elevador, e sim de escada, ou seja, degrau por degrau, respeitando sempre o limite do corpo e não ultrapassando etapas"



Cinco minutos de prosa com o Triatleta Adonis Farias, 46, carinhosamente chamado de "Pit Bull", paraense, radicado no Amapá, representante comercial, pai, filho, nadador, ciclista e corredor. E logo você perceberá que se trata de um triatleta com grande conhecimento e plena consciência de suas condições como atleta. Sereno e concentrado. Adonis já disputou as melhores provas de triathlon do Brasil. Sua participação recente em mais uma edição do Circuito Sesc Triathlon em Brasília-DF deixou claro suas intenções. Veja o que o atleta tem a dizer:

PAPO DE PISTA: Adonis, conte-nos um pouco sobre sua história no Triathlon.

Essa é minha 5ª prova oficial no Triathlon, desde 2014 quando comecei treinar, mas minha primeira prova veio 2 anos depois, em 2016, fiz 3 anos de Triathlon, sendo minha primeira prova o Circuito Sesc Triathlon de Mosqueiro, no Pará. Tive um grande incentivo para chegar até aqui, quando um amigo me deu algumas dicas preciosas, aprendi que "neste esporte não se vai de elevador, e sim de escada, ou seja, degrau por degrau, respeitando sempre o limite do corpo e não ultrapassando etapas" comecei com provas pequenas, sei de onde vim e sei onde quero chegar. Minha base nas provas pequenas me credenciam a chegar além.

"Da prova Sesc Triathlon, foi apenas um alvo, ter completado esse desafio com maestria, leveza e dor... foram temperos necessários para que nos suspiros finais e profundos, no pórtico de chegada, no tapete vermelho, como costumo me referir, a tão sonha linda de chegada"


PAPO DE PISTA: Sobre sua lesão dois dias antes da prova, conte-nos um pouco sobre como ficou o psicológico, lhe dar com esse drama depois de ter treinado muito para esse evento?


Bom, é muito bom essa pergunta, pois vale ressaltar que em semana de prova o atleta deve-se manter concentrada, pois não adianta inventar, o que tinha de treinar já foi treinado e foi num vacilo desses que me lesionei dois dias antes da prova. Uma semana da prova é bom o atleta manter-se  mais focado. Ir ao cinema, distrair um pouco, nada de treino estranho ao que você sempre trabalhou. O que me segurou foi minha preparação, estava muito bem preparado, tive uma boa natação, uma boa corrida, na bike deixei a desejar, senti ainda as dores da lesão dois dias antes do evento. 


PAPO DE PISTA: Provas como esta, que foi o Circuito Sesc Triathlon de Brasília, são pequeno estágio para um futuro e ousado plano de correr um Iron Man?

Exatamente. O cara pode ser bom, mas ele tem que passar por essas etapas, isso é uma escola, temos que respeitar as escalas.


PAPO DE PISTA: E sua rotina de treinos em Macapá? Não vemos muito sua rotina nas Redes Sociais. Conte-nos um pouco como é.

Como eu estou focado em determinadas provas, tendo meu calendário anual, não posso furar as etapas, nesse meio termo, por exemplo, correr uma corrida de rua qualquer, isso foge do planejamento de meu treinador, e consequentemente me prejudicará. Isso é planejamento. A planilha ela é matemática. Não se pode, nunca, furar treinamento. Meu treinamento ele é solitário, pois o treinamento das três modalidades, pela planilha, é diferente da pessoa que só corre, ou nada ou mesmo pedala, pois são três modalidade. Nada e correr até dá, mas pedalar 100km, por exemplo, é muito complicado, um treino 100% solitário, ter um parceiro para correr 5km é diferente de ter um parceiro para nadar 500m, correr 21km e pedalar 100km... É difícil.

PAPO DE PISTA: E para chegar a esse nível no Triathlon? Tem algo que lhe atrapalha? Como é conciliar a vida pessoal com essa árdua rotina?

Bom, não tem uma coisa que me tire o sono, nada me atrapalha nesse quesito, consigo conciliar a rotina, meu trabalho, meu filho e o esporte. Isso até me ajuda, o meu desafio com o esporte me ajuda a ganhar dinheiro, eu trabalho na área comercial, e quando percebi meus números na minha empresa, - trabalho em uma empresa de grande porte - eles triplicaram, uma crescente que devo a prática do esporte. O único empecilho que posso classificar é a solidão dos treinos, pois Amapá a fora os grupos de triathlon revezam um ajudando o outro, devido as assessorias e equipes que existem. E isso não tenho aqui. Mas tenho que me manter motivado, vendo matérias, vídeos, adquirindo materiais de ponta, isso é bom para barrar essa tristeza que vez ou outra da na gente.

PAPO DE PISTA: Recentemente teve um protótipo, digamos assim, de um Triathlon aqui no Amapá. Você acha que isso é um início de uma nova era no esporte do Amapá? Podemos nos tornar referência na modalidade, haja vista termos um rio propício a prática que é o Rio Amazonas, algumas rodovias desertas?

Pode sim. Sou um apaixonado por esporte. Amo minha cidade também, eu já idealizei várias vezes um triathlon por aqui, já fui até no Sesc Amapá propor a vinda de uma etapa para nossa cidade. Temos um rio maravilhosa, que é o rio amazonas, umas rodovias maravilhosas, etc. Isso valoriza nossos patrimônios. Essa iniciativa privada que houve foi muito bom, mostrar que também podemos, temos potencial, como foi o primeiro da de aperfeiçoar bastante, melhorar e buscar evoluir. Eu quero muito que venha uma prova oficial para cá, já somos bem vistos nas corridas de rua, temos hoje as duas maiores o "IRON MAN" e o "CHALLENGE", quem sabe daqui pra frente não tenhamos uma gigante dessas aqui no Amapá.


PAPO DE PISTA: Adonis, você já é um Triatleta formado, o que você pode dizer para aqueles querem ou já iniciaram na prática?

Não pular etapas, degrau por degrau sempre, sou um amador, classifico-me assim, por exemplo, não sou um IRON MAN ainda, mas estou buscando isso, respeitando as etapas. As vezes uma pessoa corre muito bem, e por isso pensa que vai pedalar bem, e nadar bem, longe disso, cada um de nós temos uma fisiologia diferente, volto a dizer: temos que ir "degrau por degrau", existe uma transição para isso, só quem já experimentou correr, depois nadar ou pedalar logo em siga vai saber do que estou falando. O nosso corpo demora entender e associar que você parou de correr e em seguida vai realizar um novo esforço físico, ou nadando ou pedalando.


PAPO DE PISTA: No atletismo existe a classificação "Elite" e "Não Elite", e no Triathlon me parece não ser assim, ser Triatleta já é ser diferenciado, o que muda, como funciona isso para vocês? 

Conversei recente com meu Treinador, Ale Balman, sobre isso. O Iron Man é a prova mais esperada do Brasil, e meu treinador estava lá. Para chegar ao Iron Man, por exemplo, você deve seguir várias etapas. Sofri. Recebi várias etapas nesse meio termo. Veja uma história interessante.

A HISTÓRIA DO SAPINHO

Um sapinho foi participar de uma corrida, subindo uma montanha, todos o criticavam, diziam que ele não ia conseguir, que era um fraco, em fim. O sapinho foi lá e venceu a corrida e todos perguntaram: Como você conseguiu? O sapinho na verdade ele era surdo e essa é a moral da história, não devemos dar ouvidos as críticas. 



Com essa história de superação e amor ao esporte nos despedimos e desejamos muita sorte ao nosso Triatleta Adonis Farias. 

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terça-feira, 8 de maio de 2018

Corridas de rua vs patrocínio

Corrida de rua no Amapá
Foto: Divulgação
Quem se dispuser a acordar cedo no domingo e fazer um passeio pelas ruas de Macapá provavelmente vai esbarrar em grupos de esportistas uniformizados logo às 6 da manhã. De olho no crescente público engajado em uma vida mais saudável, as marcas disputam espaço para associar seu nome a corridas, caminhadas e afins. A intenção é proporcionar uma experiência de atleta a pessoas comuns - e potenciais clientes - e, ao mesmo tempo, associar sua imagem ao bem-estar.
No cenário brasileiro há empresas que já promovem corridas de rua há anos, como a varejista Pão de Açúcar, a Caixa Econômica e marcas ligadas ao esporte, como a Nike e a Fila. No entanto, o crescimento dos número de corredores atraiu “novatas” para o patrocínio desses eventos, como Herbalife, Unimed, Nestlé e citando o Amapá, a gigante varejista e atacadista Qualimax. 
Um negócio que se tornou gigante. A prática de corrida cresceu 30% ao ano até o ano passado. É natural que as marcas queiram participar.  Vejamos: O calendário de corridas de rua do Amapá lista mais de cem provas no ano, contando formais e informais. 
Digamos que nomeou-se uma espécie de "programa de fidelidade" nas corridas de rua da atualidade. Selos de "Ultramaratonista" e "maratonista", são os que mais chamam atenção do público, convidando-os ao extremo, a busca pelo vulgo "status quo" faz com que a cada dia esses atletas gastem uma verdadeira montanha de dinheiro no fim das contas.
Pioneiro na área, o Pão de Açúcar patrocinou sua primeira corrida em 1993 - na época, atraiu 1.010 participantes. O Ápice da empresa veio em 2013, a maratona de revezamento em São Paulo teve 36 mil inscritos. Os números fazem da prova uma das maiores corridas de rua do mundo, a 3 da América Latina e a maior organizada por uma marca. As primeiras do ranking são organizadas por prefeituras de cidades como Nova York, Paris e Londres. 
As oportunidades para reforçar a marca vão além de colocar o logo na camiseta da prova. O segredo é aproveitar todos os momentos de contato com o corredor para trabalhar a marca. É possível fazer ações na hora da entrega do kit e até durante a prova.

Incentivando o esporte todos ganham, e de quebra as corridas ficam mais acessíveis ao público.