terça-feira, 8 de maio de 2018

Corridas de rua vs patrocínio

Corrida de rua no Amapá
Foto: Divulgação
Quem se dispuser a acordar cedo no domingo e fazer um passeio pelas ruas de Macapá provavelmente vai esbarrar em grupos de esportistas uniformizados logo às 6 da manhã. De olho no crescente público engajado em uma vida mais saudável, as marcas disputam espaço para associar seu nome a corridas, caminhadas e afins. A intenção é proporcionar uma experiência de atleta a pessoas comuns - e potenciais clientes - e, ao mesmo tempo, associar sua imagem ao bem-estar.
No cenário brasileiro há empresas que já promovem corridas de rua há anos, como a varejista Pão de Açúcar, a Caixa Econômica e marcas ligadas ao esporte, como a Nike e a Fila. No entanto, o crescimento dos número de corredores atraiu “novatas” para o patrocínio desses eventos, como Herbalife, Unimed, Nestlé e citando o Amapá, a gigante varejista e atacadista Qualimax. 
Um negócio que se tornou gigante. A prática de corrida cresceu 30% ao ano até o ano passado. É natural que as marcas queiram participar.  Vejamos: O calendário de corridas de rua do Amapá lista mais de cem provas no ano, contando formais e informais. 
Digamos que nomeou-se uma espécie de "programa de fidelidade" nas corridas de rua da atualidade. Selos de "Ultramaratonista" e "maratonista", são os que mais chamam atenção do público, convidando-os ao extremo, a busca pelo vulgo "status quo" faz com que a cada dia esses atletas gastem uma verdadeira montanha de dinheiro no fim das contas.
Pioneiro na área, o Pão de Açúcar patrocinou sua primeira corrida em 1993 - na época, atraiu 1.010 participantes. O Ápice da empresa veio em 2013, a maratona de revezamento em São Paulo teve 36 mil inscritos. Os números fazem da prova uma das maiores corridas de rua do mundo, a 3 da América Latina e a maior organizada por uma marca. As primeiras do ranking são organizadas por prefeituras de cidades como Nova York, Paris e Londres. 
As oportunidades para reforçar a marca vão além de colocar o logo na camiseta da prova. O segredo é aproveitar todos os momentos de contato com o corredor para trabalhar a marca. É possível fazer ações na hora da entrega do kit e até durante a prova.

Incentivando o esporte todos ganham, e de quebra as corridas ficam mais acessíveis ao público.